mercredi 14 octobre 2015

UNITA volta a denunciar Serviços Secretos do Regime de organizar acções militares contra o Presidente da República

14/10/2015         19:47     Fonte : Unitaangola

UNIÃO NACIONAL PARA A INDEPENDÊNCIA TOTAL DE ANGOLA
U N I T A
SECRETARIADO GERAL DO PARTIDO
GABINETE DO SECRETÁRIO
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Conferência de Imprensa          

Povo angolano
Senhores Jornalistas

Queiram, antes de tudo, aceitar as nossas mais vivas saudações patrióticas.


Na sequência da denúncia que fizemos há cerca de dois meses, especificamente no dia 17 de Agosto do ano em curso, eis-nos mais uma vez aqui e convosco para vos situarmos da evolução do mesmo fenómeno para se desviar as atenções atinentes à situação social preocupante que se vive em Angola não só devida à queda de preço do petróleo mas pela doença prolongada que se chama corrupção.
Já o temos dito que a situação económica e social que o País atravessa, deve-se às más políticas do partido que sustenta o governo interpretadas pelas assimetrias regionais, pela aposta essencial no petróleo, pela corrupção, pela oligarquia e pelo nepotismo, medidas essas que fazem com que hoje angolanas e angolanos vivam com menos de 2 USD/dia, água potável inexistente, paupérrimos serviços de saúde com o lixo a invadir agora o asfalto da cidade capital, desemprego crescente, delinquência incontrolável, serviços de educação e ensino fraquíssimos, entre outros aspectos.
Logo, a contradição principal é entre o sistema e o Povo.

O MPLA e a UNITA hoje já não são inimigos. São adversários concorrentes num jogo de competição politica.

Daí que, face ao nível de vida das angolanas e dos angolanos, a UNITA tem uma ideia de salvar todos eles que se encontram no limiar de desespero. A pretensão do cadeirão da República não é crime, porque assim ditam as regras democráticas.

Povo angolano
Prezados Jornalistas
Caros Companheiros

Fugir desta realidade tão transparente, é tentar tapar o sol com a peneira. Pretender contrariar estes factos é tentar enganar os incautos nacional e internacionalmente.
Vamos aos factos:   
      
No pretérito dia 17 de Agosto de dois mil e quinze, convidamos os nossos jornalistas para serem porta-vozes da denúncia de um plano macabro que pode adiar para um tempo indeterminado o grande sonho de os angolanos viverem felizes num País que os viu nascer.

Nesse dia, dizíamos nós que o Presidente da UNITA havia escrito para o Presidente da República denunciando a falsidade de um documento de autoria atribuída aos Serviços de Segurança do Presidente da República imputando à UNITA a intenção de atentar contra as instituições do Estado e tomar o poder por métodos não previstos nem conformes com a Constituição.

Tratou-se, portanto, de um documento forjado pelos Serviços de Inteligência do Presidente da República, mas atribuído ao Gabinete de Estudos, Pesquisa e Análise da UNITA – GEPA.

Dizíamos, na altura, ter sido rubricado com uma assinatura desconhecida sem que os seus autores identificassem a pessoa que o assinou e que o documento era falso no seu conteúdo; falso na sua autoria; falso na origem que lhe foi atribuída; falsificada a sua redacção e que os métodos utilizados e os conteúdos do documento não faziam parte do âmbito de actividades do GEPA, nem da sua cultura técnica e administrativa.

Dizíamos ainda que o objectivo dos agentes corruptos que forjaram o documento, residia em extorquir dinheiro do OGE para fins financeiros alegando que precisam de milhões de dólares para abortar tais “planos da UNITA”!

Povo angolano
Caros Jornalistas
Prezados Companheiros

Denunciamos ainda, na altura, que alguns antigos soldados e oficiais das extintas forças militares da UNITA, muitos dos quais já desmobilizados em razão dos Acordos de Paz, estavam a ser recrutados, fardados e equipados para desestabilizarem o País.

Esses indivíduos, dizíamos, estavam a ser recrutados com base num mito segundo o qual o Dr. Jonas Malheiro Savimbi estava vivo e que em breve apareceria para libertar os angolanos da miséria, da corrupção e da má governação.

Alertamos, na altura, que o plano urdido que utilizava este mito, servia para explorar a ignorância e o obscurantismo que ainda enfermam alguns sectores da nossa sociedade, e, assim, seduzir os incautos a uma resposta à rebelião armada e depois responsabilizar-se a UNITA por actos que atentem contra a Segurança do Estado, plano esse com mão da Direcção dos Serviços da Contra Inteligência Militar e a Chancela superior.

Com base no referido plano, foi constituída uma estrutura militar clandestina para organizar e dirigir uma acção de carácter militar contra o regime do Presidente José Eduardo dos Santos com Chefia e composição devidamente identificadas.

Povo angolano
Caros Jornalistas

Dois meses depois, o fenómeno evoluiu da fase de recrutamento para a fase de concentração.

Chegou ao conhecimento da UNITA que os efectivos militares recrutados mormente em certas províncias do Centro do País, começaram a ser movimentados para Luanda estando já em número acima de duas centenas.
O caso mais curioso por nós constatado, para se justificar a concentração, é de que haveria uma manifestação em Luanda a ser convocada pela UNITA e cada um se fizesse portador de alguma alimentação.

Alguns mais esclarecidos interrogavam-se:

Se a manifestação entra na lógica dos grandes números, qual é a razão dessa selectividade?

Se a Direcção da UNITA é que organiza, estando a manifestação consagrada na Constituição, por que razão não é tratada oficialmente como de costume?

Povo angolano
Caros Jornalistas

Segundo dados que nos chegam trata-se de uma cilada orquestrada pelos Serviços Secretos do Estado usando elementos afectos a UNITA e visando a mesma UNITA com base no seguinte pretexto:

- Forjar uma acção militar aquando do Discurso à Nação do Senhor Presidente da República dia 15 de Outubro de 2015, imputando responsabilidades à UNITA na pessoa da sua Direcção. Em seguida, esta seria processada e condenada criminalmente, inviabilizando assim a realização do XII Congresso.

Há um provérbio africano que diz e eu cito: “quando não existem inimigos interiores, os inimigos exteriores não conseguem ferir você”.

Trazemos este provérbio porque sabemos que em certos círculos do regime há os que dizem estar mais preocupados com o interior do seu Partido já que da UNITA têm já agentes para desestabilizá-la!

O propósito do regime reside:

1.            Na utilização do golpe forjado como tubo de escape para a crise politica, económica e social que o país vive e, por via dele, fazer o MPLA cerrar fileiras em torno do seu líder e, assim, esbater o elevado índice de rejeição que enfrenta do povo;
2.            Em promover unidade no seio da Direcção do regime, para uma defesa coletiva perante um suposto eventual conflito armado;
3.            Em inviabilizar o processo de estabilização interna da UNITA processando criminalmente a sua Direcção.

4.            Em última análise, decapitar a Direcção da UNITA para que o Partido entre de novo em crise e impedindo assim o seu fortalecimento.

Povo angolano
Caros jornalistas

A UNITA reitera aos angolanos e ao mundo o seu compromisso com o estado de direito, com o respeito pelos direitos humanos e pela vontade soberana do povo angolano expressa em eleições livres e democráticas e o seu compromisso com a democracia que é o regime político da paz.

Luanda, aos 14 de Outubro de 2015


Muito Obrigado

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