dimanche 11 octobre 2015

Encarecimento do custo de vida em Luanda poderá gerar mais ondas de protesto

A dependência da economia angolana face ao petróleo, com a consequente penúria e degradação social e económica, começa a reflectir-se na população local, sobretudo
os mais carenciados, que nas ruas de Luanda já começam a pedir de forma aberta para que o MPLA abandone o poder.


O Governo angolano tem demonstrado impotência em honrar os compromissos assumidos com as empresas privadas e já começa a ter dificuldades em pagar os
salários dos funcionários públicos.

O protesto desencadeado pelos taxistas, em 05OUT15, que reclamam questões como a falta de paragens e o elevado nível de corrupção no seio dos agentes de trânsito, são
os primeiros sinais de descontentamento da população.
Se a actual situação não for alterada rapidamente, a qualquer momento, o país poderá testemunhar um descontentamento popular generalizado, notam observadores atentos na capital angolana.

Para o economista Filomeno Vieira Lopes, é urgente que o país tome algumas medidas macroeconómicas antes que seja tarde de mais. Segundo o economista "se não se tomarem medidas no que diz respeito à prevenção dos meios públicos e das finanças públicas e se não se tomarem medidas também no sentido de se melhorar as
importações existem muitas dúvidas se a economia não vai parar". O economista fala ainda de uma gestão criminosa da máquina pública por parte do Governo de José
Eduardo dos Santos, tendo acrescentado que as autoridades devem urgentemente tomar medidas radicais para pôr cobro ao ciclo de enriquecimento ilícito que se constata no seio da elite dirigente angolana.

Para Vieira Lopes, o país está "perante uma situação difícil que se vai agravar porque o serviço público não está a ser pago, os polícias não são pagos, a corrupção esta a
aumentar em vez de diminuir". Vieira Lopes defende que "o único caminho que existe para solucionar o problema é a intervenção das centrais sindicais para
combaterem isso". [Fonte: DEUTSCHE WELLE, 08OUT2015, Online; U.R.L.:

http://www.dw.com/]

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