jeudi 16 juillet 2015

O Outono do patriarca

                  
Sonangol, banca, sucessão...Acumulam-se as dores de cabeça para o Presidente ao fim de 38 anos no poder

José Eduardo dos Santos iniciou esta semana as suas tradicionais férias em Espanha, levando uma mala cheia de problemas. Se é prioritário sanear a Sonangol, essa não é a única dor de cabeça do Presidente angolano. Com a falência técnica do Banco de Poupança e Crédito - equivalente à Caixa Geral de Depósitos de Portugal - o sistema bancário treme e pode asfixiar o funcionamento de muitas empresas e atrapalhar a vida de milhares de depositantes.


Com 38 anos de poder e a caminho dos 73 anos de idade, José Eduardo dos Santos, começa a dar sinais de fadiga e não esconde a sua inquietação em relação ao amanhã.
A sua sucessão, que sempre foi gerida como um tabu, volta agora a marcar a agenda política angolana, embora muitos já se tenham conformado com o facto de que, em 2017, mais uma vez, o Presidente "vai querer saír, ficando"...

Em circulos afectos ao MPLA, admite-se que o abandono da Presidência da República pode vir a consumar-se, mas para garantir a apólice de seguro do regime, Eduardo dos Santos permanecerá como lider do partido governamental em Angola.

Quem não acredita neste cenário é António Tomás, respeitado analista político. "Muita gente anda assustada e como há crise, Dos Santos cria uma situação de pânico e fala da sucessão" - diz aquele professor universitário. E acrescenta: "No estado actual das coisas é normal que muitas pessoas, sobretudo mais próximas do poder, lhe peçam de joelhos que continue. Ele só não quer é dar a impressão que está a forçar a sua permanência no poder"...


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