mercredi 24 juin 2015

Processo de jovens activistas detidos em Luanda remetido ao Ministério Público

Fonte: DEUTSCHE WELLE, 22JUN2015, Online; U.R.L.:

http://www.dw.com


Em declarações à estação pública Rádio Nacional de Angola (RNA), o ministro do Interior de Angola, Ângelo Tavares, disse, em Luanda, que os processos envolvendo
a detenção de jovens activistas foram já entregues ao Ministério Público.

Ângelo Tavares revelou que os activistas foram detidos por "procurarem alterar a ordem estabelecida", sem adiantar mais detalhes, alegando o segredo de justiça.
As detenções aconteceram na residência do político, António Alberto Neto, sobrinho do primeiro Presidente de Angola e líder histórico do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).


Emílio Catumbela, um dos activistas que se encontrava no local e que escapou à detenção contou à Deutsche Welle (DW) África que não foi detido porque se escondeu numa das dependências da casa.

Entretanto, informações ainda não confirmadas dão conta que o jornalista Domingos da Cruz teria sido igualmente detido numa das províncias do interior. Na véspera da detenção dos activistas em Luanda, Domingos da Cruz falou de um desespero em que se encontra o regime angolano, tendo, por outro lado, denunciado um conjunto de ''acções do regime que visam calar todas as vozes contestárias à
governação de José Eduardo dos Santos''. "Deter os jovens só porque estão a discutir um livro mostra que afinal a oposição está com o controlo da situação e o Governo
com medo de perder algo", acredita Domingos da Cruz.
Salvador Freire, presidente da Associação Mãos Livres, adiantou à DW África que a organização está profundamente preocupada com a situação e que a qualquer momento irá tomar uma posição. 

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