mercredi 24 juin 2015

Activistas denunciam perseguições em Benguela

DEUTSCHE WELLE, 22JUN2015, Online; U.R.L.: http://www.dw.com/

Vários activistas do Movimento Revolucionário afirmam ser alvo de perseguições
das autoridades governamentais, sobretudo dos Serviços de Inteligência do Estado, e
ameaças de morte na província de Benguela, depois de uma manifestação antigovernamental,
em 27 MAI 15.


Manuel Mateus, membro do movimento e conhecido por "Max", afirmou que,
recentemente, durante uma reunião, dois indivíduos armados tentaram raptar um dos
seus companheiros. "Esses indivíduos não se identificaram, só disseram que eram "a
autoridade" e, por isso, não podíamos fazer perguntas", adiantou o activista. "Houve
uma troca de palavras. Os colegas foram ligando para outros indivíduos para denunciar o caso e puseram-se em fuga".

Mateus revela ainda que tem sido alvo de ameaças de morte por parte de indivíduos supostamente pertencentes aos serviços secretos. "Por mais de uma vez bateram à
porta de sua casa, deixando recados intimidatórios à sua família e vizinhança", denunciou.

Manuel Mateus contou ainda que, recentemente, teria havido uma reunião do MPLA na província, onde o responsável municipal do partido, Julião de Almeida, terá vaticinado a detenção de todos os membros do Movimento Revolucionário, suspeitos de prepararem actos contra a ordem pública. "Ele disse que tinha os nomes e que, em
2016 e 2017, teriam de ser apanhados e depois desaparecer, porque podiam trazer confusão para as eleições", disse ainda o activista. As detenções, no período préeleitoral, serviriam para acautelar a adesão da população à causa do grupo de jovens que realizam manifestações anti-governamentais desde 2011, acrescentou.


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