jeudi 23 avril 2015

Centenas de pessoas enterradas em valas comuns no Huambo, diz Unita

Redacção VOA
21.04.2015 16:21


A Unita denunciou hoje, 21, a existência de valas comuns na província do Huambo  onde  terão sido  enterrados, até ontem, mais de 700 pessoas mortas em retaliação da polícia contra fiéis da seita Igreja Civina a Luz do Mundo.

Houve massacre no Huambo - UNITA - 2:06


Galo Negro afirma que 700 pessoas foram mortas nos confrontos entre polícia e seita religiosa, mas polícia fala em 13 mortos.

O principal partido da oposição  pediu hoje à Assembleia Nacional a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito para aferir da  dimensão dos incidentes que na passada semana envolveram a Polícia Nacional e fiéis da seita também conhecida por Kalupeteca.

O chefe da bancada parlamentar da Unita Raul Danda  disse que buldózeres estão a ser usados para enterrar as vitimas em valas comuns.

Danda acrescentou, no entanto, que o seu partido não vai esperar por uma eventual missão parlamentar,  devendo enviar de imediato para o Huambo  uma equipa  de deputados para  confrontar no terreno o número de civis mortos revelado  pela primeira vez  esta segunda-feira pela  polícia angolana com  base em relatos de testemunhas.

O  comandante adjunto da Polícia Naciona, Paulo da Almeida revelou   que na sequência dos incidentes 13 civis tinham  sido mortos a par dos nove policiais  que   perderam a vida. Oito foram a enterrar ontem.

Informações da província do Bié deram conta hoje que 11 cidadãos ligados à seita Kalupeteka foram condenados a dois anos de prisão por crime de resistência às autoridades.
Entretanto, em conversa não gravada com a VOA, o comandante geral da Polícia Nacional Comissário Chefe Ambrósio Lemos reconhecer ter havido troca de tiros entre os agentes da polícia e seguidores da seita, mas disse não poder precisar o número de mortos da outra parte.

No entanto, acredita que não chega a duas dezenas
Ambrósio de Lemos afirmou desconhecer se as vítimas civis já foram enterradas por não ter recebido nenhum relatório da comissão que se encontra a trabalhar no terreno.

Questionado sobre a afirmação de Raúl Danda que indicou haver cerca 700 mortos, Lema afirmou que a Unita deve provar as suas  afirmações.

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